sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Quem não gosta de sombra e água fresca?

Recentemente estive na Amazônia, bem no meio da floresta  – e, confesso, chorei muito de emoção ao ver tamanha exuberância. É tanta beleza reunida num só lugar que fica impossível não se emocionar. Me hospedei num hotel de selva cuja ocupação de brasileiros costuma ser de 30%. Os outros 70%, estrangeiros que atravessam  oceanos para conhecer a tão famosa Amazônia. E a palavra que mais se ouve pelas passarelas do hotel é “ Amazing!”. E aí me perguntei: Por que será que nascemos perto desse tesouro verde e fazemos tão pouco por ele ? Que valor damos realmente a toda essa diversidade que está no nosso quintal ? Esta semana fiquei conhecendo a iniciativa de um comitê chamado “ floresta faz a diferença”  Será que alguém em sã consciência discordaria de uma afirmação como essa  ?
O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável é uma coalizão formada por 140 organizações da sociedade civil brasileira contrárias ao PLC 30/2011 aprovado pela Câmara dos Deputados. Lançado em 07 de junho de 2011, o Comitê pretende mobilizar os brasileiros a manifestarem sua discordância e com isso, sensibilizar os senadores para a aprovação de uma lei que:
• Garanta efetivamente a conservação e uso sustentável das florestas em todos os biomas brasileiros
• Trate de forma diferenciada e digna agricultores familiares e populações tradicionais;
• Garanta a recuperação florestal das áreas ilegalmente desmatadas;
• Reconheça e valorize quem promove o uso sustentável;
• Contribua para evitar desastres ambientais e ajude a garantir água de boa qualidade para as cidades;
• Acabe de vez com o desmatamento ilegal
Não é o mínimo que podemos exigir ?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Novidades no Mundo PET

Não, não vou falar sobre cachorros – embora eu os ame.
O mundo da sustentabilidade é realmente maravilhoso. Quando pensamos que não há mais novidades sobre um determinado assunto, lá vem o inesperado. E nós, brasileiros, vamos comprovando a máxima de sermos um povo criativo na superação de desafios. Em 2002, os engenheiros Edmilson Renato de Castro e Luiz Alberto Jermolovicius se empenharam em descobrir uma nova forma de reciclar as garrafas PETS. O processo desenvolvido por eles transforma quimicamente o material, que volta a ser PET virgem. Assim, o que antes virava vassoura, vasinho, corda ou camiseta, agora pode voltar a ser PET novamente, fechando perfeitamente o ciclo de reúso proposto pelo conceito de sustentabilidade.  Desde 2005 a Braskem tornou-se codepositante e hoje o processo já tem patente nos Estados Unidos e pedidos no Brasil, Europa e Ásia.
Para maiores informações: jermol@terra.com.br

E apenas para relembrar, vamos rever uma iniciativa bem mais modesta, mas de muito impacto social, criada por outro brasileiro prá lá de criativo, o mecânico mineiro Alfredo Moser.  


 



sábado, 3 de setembro de 2011

Animação na Babilônia

Calma! Isso é só uma brincadeira com o título. O premiado jornalista Fernando Rodrigues disse recentemente que ficava o tempo todo pensando no melhor título para a matéria que estava produzindo. E olha que algumas foram bem longas! Então achei que esse seria um bom título para falar da iniciativa da Assoicação Animare – que ensina animação para crianças numa cidade mineira chamada Babilônia. A Ong realiza oficinas de Animação 2-D e stop-motion para crianças e jovens, visando a produção de desenhos animados educativos sobre Direitos Humanos e Patrimônio Histórico, e a sua difusão por meio de internet, TV, festivais de cinema e DVDs para escolas e outras entidades socioculturais.
A Animare foi fundada em 2008 mas um de seus fundadores, Marcelo Branco, realiza oficinas desde 2002 . Foram 46 oficinas até hoje, com participação de mais de 800 estudantes de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Essas oficinas geraram um acervo de 150 curtas metragens sobre Direitos Humanos (Estatuto da Criança e do Adolescente, Objetivos do Milênio e Meio Ambiente) e Patrimônio Histórico Material e Imaterial. Segundo a UNICEF, a animação é uma linguagem eficaz na propagação de mensagens para todas as faixas etárias, podendo ser reaplicada ao longo dos anos. Com a distribuição gratuita de DVDs para escolas, participação em mais de 40 festivais de cinema e vídeo, exibição em canais educativos de TV e via internet, a Animare estima que mais de 21.000.000 de pessoas já tenham assistido seus filmes.
Para saber mais: http://www.animare.org.br/ 

Conheça a parte 1 da história “ O Casamento da Ararinha Azul”

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cada dia mais se ouve : “Paz!”

Esta semana aconteceu em São Paulo, no Instituto Pólis, o encontro “ A Paz como Cultura”, coordenado por Hamilton Faria, do Pontão de Convivência e Cultura de Paz. Estavam presentes representantes do poder público, de organizações não governamentais e lideranças espirituais. A ausência da Ministra da Cultura Ana de Hollanda, presença anteriormente confirmada e esperada por todos, foi justificada pela greve dos funcionários do Ministério. Márcia Porto – Secretária de Cidadania Cultural do Minc - a representou. Trabalhos que já acontecem nos Pontos de Cultura e nas Ongs foram expostos; questões e reivindicações colocadas. Líderes espirituais de diferentes linhas trouxeram visões nem sempre perceptíveis a quem fica diariamente na linha de frente dos movimentos sociais. Estiveram presentes Lia Diskin, do Palas Athena, Padre Júlio Lancellotti da Pastoral do Menor e Reverendo Elias de Andrade Pinto, da Casa das Religiões Unidas, que falou sobre a necessidade de resgatar os valores do feminino como um dos caminhos para a paz. Sri Prem Baba, da linhagem do yôga denominada Sachcha ( Verdade, em sânscrito), autor do livro “ Acordando para a Paz” afirmou que a Paz é o desejo mais íntimo de todo ser humano e que olhar para a violência oculta dentro de cada de um nós é o caminho para a verdadeira transformação de atitudes que nos distanciam da Paz. William Ury, diretor do Global Negociation Project da Universidade de Harvard e consultor da ONU, convidou a todos para uma caminhada em nome da Paz no dia 11 de setembro, marco de 10 anos dos ataques terroristas às torres gêmeas em Nova York. A caminhada acontecerá em diversos países do mundo e o encontro em São Paulo será às 9 horas no Parque da Aclimação. Sri Prem Baba está apoiando esta iniciativa. Para maiores informações acesse - Prem Baba Brazil Walk - http://911walks.org/walk/64
O antropólogo americano William Ury criou também o Caminho de Abraão, considerado por muitos o novo Caminho de Compostela. Conheça um pouco mais na matéria veiculada no Fantástico ( Rede Globo), produzida pelo repórter Alberto Gaspar.





segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ecovila : muito mais que uma turma de ecochatos

Vou começar falando sobre Ecovilas. Muita gente acha que isso é papo de bicho-grilo dos anos 70, mas, se deixarmos os “pré-conceitos” de lado, vamos ver que propostas interessantes têm surgido, e que podem ser aplicadas até na construção de uma casa num sítio ou na praia. Tudo vale para colaborar com o meio ambiente em que vivemos.

Ecovilas são comunidades que propõem um estilo de vida integrado com o meio ambiente sem deixar de lado o bem estar. Existem mais de 400 ecovilas no mundo, de acordo com o banco de dados da Global Ecovillage Network. No Brasil , embora não haja um levantamento oficial, estima-se que cheguem a 100. As Ecovilas possuem entre 20 e 3.000 pessoas, sendo normalmente gerenciadas por um conselho responsável pela gestão participativa. Muitas Ecovilas têm buscado a utilização de tecnologias modernas, a criação de novas tecnologias e a combinação com velhos conhecimentos. Algumas são mais radicais que outras, algumas mais espiritualistas que outras, mas os princípios básicos para o meio ambiente são os mesmos.

1. Minimizar o lixo.
2. Reduzir o consumo.
3. Preservar o espaço aberto.
4. Bairros projetados para encorajar caminhadas e uso de bicicletas.
5. Espaço para trabalho em casa.
6. Parte do projeto destinada ao comércio, o que as torna auto-suficientes, onde os residentes nem mesmo precisem sair para fazer compras ou se divertir.
7. Técnicas de construção sustentável (prédios que aproveitam a luz do sol, sistemas de economia de energia, fontes locais de materiais eliminando o custo ambiental com transporte, uso de materiais duráveis e atóxicos que tenham sido reciclados ou colhidos de forma sustentável etc).
8. Paisagens com plantas nativas e tolerantes à seca, criadas organicamente para reduzir o uso de água e manter pesticidas e herbicidas longe do ambiente.9. Coleta e reciclagem do lixo.
10. Compostagem do esgoto para formação de fertilizantes para as plantas, aumentando a produtividade do solo.
11. Recolhimento, filtragem e purificação da água da chuva, reutilizada para regar plantas.

Uma das Ecovilas mais estruturadas do Brasil chama-se Instituto Visão Futuro, na cidade de Porangaba, interior de São Paulo, dirigida pela dra. Susan Andrews, antropóloga americana radicada no Brasil.
Seu modelo para sustentabilidade foi inspirado na Comunidade de Findhorm, fundada em 1962 no norte da Escócia.Conheça um pouco:







Quem se interessar, procure o http://www.visaofuturo.org.br/. Se você quer um curso de Educação para Design de Ecovilas procure em http://www.gaiaeducation.org/.

fontes: http://www.ipemabrasil.org.br/
           http://www.findhorm.org/

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Apresentação



O que faço neste blog ?
Um dia cheguei em casa e minha filha de 8 anos anunciou: “- Mãe, criei meu blog!” Isso foi há 2 anos. Como eles conseguem lidar tão naturalmente com essa coisa esquisita que é o mundo digital ? Só pode haver uma explicação: nasceram com um chip a mais. E aqui vou eu, estreando nesse mundo desconhecido e inevitável, impulsionada pelo jornalista e professor Caio Túlio – embora meu sentimento seja o de ter sido empurrada para um buraco negro. Que medo! Com calma e tranquilidade vou aprendendo – porque esse é o meu jeito. A idéia é juntar informações sobre assuntos que gosto: meio ambiente, ecologia, terceiro setor, sustentabilidade, enfim, tudo que, muito particularmente, defino como “boas práticas”. Afinal, tudo isso tem a ver com o mundo que vivemos hoje – tanto quanto o virtual. E cada vez mais – tanto quanto o virtual. Um mundo repleto de descobertas e novas idéias – e olha o virtual aí de novo. Sendo assim, falemos sobre o inevitável.